terça-feira, 3 de julho de 2012

Estética Relacional.

Como último trabalho da disciplina de Laboratório da Linguagem Tridimensional, desenvolvemos um estudo sobre Estética Relacional na arte contemporânea e investigamos artistas que desenvolveram suas pesquisas visuais a partir deste conceito, com o objetivo de discutir a criação de espaços relacionais e comunicacionais, deflagradores de movimentos participativos do espectador e a partilha da obra de arte, e nos deflagramos com um movimento participativo entre artista e espectador.
A proposta era criar um espaço relacional e comunicacional, como criaram os artistas: YOKO ONO, ADRIANA DACCACHE E JORGE MENNA BARRETO.
Optei então por fazer postais serigrafados com os números que estavam em evidencia já nos trabalhos anteriores. Ao final, distribui esses postais para os colegas e para professora da disciplina.

Seguem abaixo algumas fotografias que registraram esse momento:




terça-feira, 19 de junho de 2012

Resumo do dia

A ideia do filme “Resumo do dia” foi inspirada na proposta da professora da disciplina de videoarte I, de fazer um vídeo sobre auto-retrato. Optei então por retratar meus pés em momentos do dia. O procedimento que utilizei para captação das imagens foi o de captar curtos vídeos sobre momentos oportunos do dia. Fiz vários vídeos e, após assistir todos diversas vezes, optei por esse agrupamento, deixando algumas filmagens de fora do vídeo final. Optei por não utilizar trilha sonora no vídeo, pois achei mais interessante deixar o som original do momento em que o vídeo foi captado. Utilizei então vários planos sequencias para montagem do vídeo.

Projeto de Instalação.

Memorial descritivo.


Título da obra: Os guarda-sóis
Técnica: Instalação
Material utilizado para produção das peças: Guarda-sóis, tinta acrílica.




Desde minha infância sempre adorava ir à praia quando estava cheia de gente, pois sempre achei fascinante as várias cores dos guarda-sóis se misturando com a paisagem. Me recordo bem que sempre passava horas sentada nas dunas contemplando o colorido dos guarda-sóis e sempre imaginava eles como uma nova paisagem, uma paisagem que se renovava a toda hora, sempre que um se abria e outro se fechava na beira mar. Fiz meu ensino médio em um internato, onde estudei magistério durante três anos. Quando penso em algo que me marcou nessa época da vida, lembro-me de um guarda-sol azul com estampa de peixes que andava comigo para onde quer que eu fosse. Ele servia para dar carona para as meninas que moravam na mesma casa que eu nesse período em dias de chuva e servia também para ir dar aula em escolas distantes quando tinha muito sol ou muita chuva. Quem não sabia meu nome, me conhecia como a “guria do guarda-sol”. Tenho várias fotos de momentos marcantes com o tal guarda-sol. Hoje ele deve viver em algum lixão do litoral. Todo enferrujado e rasgado, não durou para sempre, mas as lembranças boas que me traz até hoje são eternas. Quando surgiu a proposta da disciplina de Laboratório da Linguagem Tridimensional de criar uma instalação, partindo do ponto em evidencia do primeiro trabalho de performance, logo me veio em mente a possibilidade de utilizar algum guarda-sol de alguma maneira no trabalho. A proposta então era sair do espaço de trabalho do artista e ocupar o entorno desse espaço ou qualquer ambiente da cidade. Para isto deveríamos apresentar um projeto de instalação, da maneira que cada um bem entendesse. Minha ideia foi a seguinte: pensei em utilizar guarda-sóis prateados, tinta preta e meus números, muitos números. A instalação consistiria então em 5.000 guarda-sóis espalhados por diversos locais da cidade onde moro. Os guarda-sóis seriam prateados para brilharem muito no sol e estariam cheios de números (os mesmos que estavam no meu corpo durante a performance). Os guarda-sóis abertos criariam uma nova paisagem pela cidade. Quando conclui minha ideia, lembrei de dois artistas que admiro muito: Christo e Jeanne Claude. Eles eram um casal e trabalharam juntos por muitos anos, até a morte de Jeanne Claude, vítima de um AVC. Famosos por suas obras de grandes dimensões, o casal sempre me encantou. Encanto este que aumentou muito quando descobri que fizeram juntos uma obra utilizando guarda-sóis para modificar a paisagem. Em 1984-91 desenvolveram juntos o projeto temporário: The umbrellas no Japão (vale localizado a norte de Hitachiota e sul de Satomi) e USA (vale localizado a norte de Los Angeles). Visando refletir os diversos usos do solo em dois vales distintos no interior, um de 19 Km no Japão e outro de 29 Km nos EUA. Os guarda-chuvas foram dispostos de acordo com as características do espaço, assim como a escolha das cores. No espaço limitado do Japão, estes foram posicionados bastante próximos, seguindo a geometria dos campos de arroz. Visto tratarem-se de campos abundantes em água todo o ano, os guarda-chuvas eram azuis. Enquanto na vastidão de pastagens não cultivadas na Califórnia, os guarda-chuvas estão dispostos em diversas direções. Dado que se trata de uma paisagem seca, optaram pela cor amarela.



Bibliografia utilizada:

http://sites.google.com/site/landandart/artists/escultor/christo-e-jeanne-claude (acesso em 21/05/12) http://www.christojeanneclaude.net/index.shtml (acesso em 22/05/12)



Abaixo algumas imagens que ilustram o projeto de instalação:

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Time Lapse

Trabalho de Time Lapse realizado para a disciplina de Video Arte I, da Universidade Feevale. Stop motions e time lapses caracterizam-se como produções de animação de fotografias, que captadas e apresentadas em sequência, transformam-se em um filme, conferindo vida à desenhos, objetos e personagens na ilusão de movimento. Esta ilusão pode acontecer com ou sem perdas de continuidade (no caso do time lapse, com perdas, que o torna interessante ao seu modo, por seu efeito de aceleração). Nessas animações, existe um efeito de "lapso" de tempo, uma perda entre imagens, que faz o filme ou vídeo resultante parecer acelerado, já que os eventos não foram captados em tempo real. Esta técnica é conhecida como time lapse (em livre tradução, "lapso de tempo").

quarta-feira, 28 de março de 2012

Performance.

Estou fazendo uma disciplina semipresencial no curso de Artes Visuais na Universidade Feevale. Para esta disciplina a professora sugeriu que criássemos um blog para postar nossos trabalhos e investigações artísticas.
No primeiro módulo da disciplina (Laboratório da Linguagem Tridimensional), cada aluno desenvolveu um estudo sobre corpo e performance na arte contemporânea e investigou artistas que desenvolveram suas pesquisas visuais a partir destes conceitos, com o objetivo de discutir questões de identidade e outras noções que envolvem e representam o corpo.
Seguindo a proposta da professora, meu corpo seria então meu principal suporte para o trabalho de performance artística. A memória do corpo, minha identidade, minhas marcas, meus gestos, minha casa, meu atelier... meus objetos e espaços particulares representam meus materiais de trabalho e criação.


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Em uma tarde um tanto fria (27/03/12) convidei mãe e vó para me ajudarem com minha performance então. Seguem abaixo as fotografias que registraram alguns momentos da performance:































Abaixo uma lista de artistas que trabalham corpo e performance para quem gostou da proposta e se interessa por arte poder pesquisar um pouco mais:
ANA MENDIETA, CELEIDA TOSTES, CHRISTINA MACHADO, MARINA ABRAMOVIC, YVES KLEIN, CINDY SHERMAN, RODRIGO BRAGA, KEILA ALAVER, ALBANO AFONSO, JOHN CAGE, GRUPO FLUXUS, JOSEPH BEUYS, ALLAN KAPROW, HÉLIO OITICICA, LYGIA CLARK, LYGIA PAPE, ARTUR BARRIO.

terça-feira, 20 de março de 2012

Esconderijos

Ontem,
após vários infortúnios,
optei por fugir de mim.
Encontrei esconderijos
antes estranhos,
mas que,
na noite úmida,
foram-me o melhor refúgio
para meus pensamentos insanos.

As cores eram opacas.
As bebidas eram poucas.
Teus beijos me faltaram.

Inquietudes e Propósitos.

A minha verdade é que já provei ser capaz de ir mais longe que um dia pude imaginar, foi uma questão de distância apenas. Acumularam-se as ameaças, desistências, abandos. Esta minha imaginação que não admite limites, agora só se me permite atuar segundo as leis de uma utilidade arbitrária; ela é incapaz de assumir por muito tempo esse papel inferior, e quando se chega ao vigésimo ano prefere-se, em geral, abandonar-se ao seu próprio destino opaco, o que já não é - e nunca foi - minha condição.
Procurarei mais tarde, daqui e dali, refazer-me por sentir que pouco a pouco me faltam razões para viver, incapaz como fiquei de enfrentar uma situação excepcional, como o amor, um ballet clássico qualquer muito dificilmente o conseguirá. É que eu doravante me pertenço, de corpo e alma, a uma necessidade prática imperativa, que é a dança e que não se permite ser aqui desconsiderada. Faltará amplidão a meu gosto, envergadura a minhas idéias. De tudo que me acontece e pode me acontecer, não hei de reter só o que for ligação deste evento com uma porção de eventos parecidos, nos quais não toma parte, eventos perdidos. Que digo aqui, farei minha avaliação em relação a esses acontecimentos, menos aflitiva que os outros, em suas conseqüências. E não pretendo descobrir aqui, sob pretexto algum, minha salvação.Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não me perdoares jamais.Só o que me exalta ainda é uma única palavra, liberdade. Eu a considero apropriada para manter, indefinidamente, o meu velho fanatismo humano. Atendendo, sem dúvida, à minha única aspiração legítima, a arte.
Sendo assim, pintarei aqui neste espaço a minha inquietação humana, e é por isso que tu deves levar isto a sério.
Beijos, flores e saudades.