quarta-feira, 28 de março de 2012

Performance.

Estou fazendo uma disciplina semipresencial no curso de Artes Visuais na Universidade Feevale. Para esta disciplina a professora sugeriu que criássemos um blog para postar nossos trabalhos e investigações artísticas.
No primeiro módulo da disciplina (Laboratório da Linguagem Tridimensional), cada aluno desenvolveu um estudo sobre corpo e performance na arte contemporânea e investigou artistas que desenvolveram suas pesquisas visuais a partir destes conceitos, com o objetivo de discutir questões de identidade e outras noções que envolvem e representam o corpo.
Seguindo a proposta da professora, meu corpo seria então meu principal suporte para o trabalho de performance artística. A memória do corpo, minha identidade, minhas marcas, meus gestos, minha casa, meu atelier... meus objetos e espaços particulares representam meus materiais de trabalho e criação.


______________________________


Em uma tarde um tanto fria (27/03/12) convidei mãe e vó para me ajudarem com minha performance então. Seguem abaixo as fotografias que registraram alguns momentos da performance:































Abaixo uma lista de artistas que trabalham corpo e performance para quem gostou da proposta e se interessa por arte poder pesquisar um pouco mais:
ANA MENDIETA, CELEIDA TOSTES, CHRISTINA MACHADO, MARINA ABRAMOVIC, YVES KLEIN, CINDY SHERMAN, RODRIGO BRAGA, KEILA ALAVER, ALBANO AFONSO, JOHN CAGE, GRUPO FLUXUS, JOSEPH BEUYS, ALLAN KAPROW, HÉLIO OITICICA, LYGIA CLARK, LYGIA PAPE, ARTUR BARRIO.

terça-feira, 20 de março de 2012

Esconderijos

Ontem,
após vários infortúnios,
optei por fugir de mim.
Encontrei esconderijos
antes estranhos,
mas que,
na noite úmida,
foram-me o melhor refúgio
para meus pensamentos insanos.

As cores eram opacas.
As bebidas eram poucas.
Teus beijos me faltaram.

Inquietudes e Propósitos.

A minha verdade é que já provei ser capaz de ir mais longe que um dia pude imaginar, foi uma questão de distância apenas. Acumularam-se as ameaças, desistências, abandos. Esta minha imaginação que não admite limites, agora só se me permite atuar segundo as leis de uma utilidade arbitrária; ela é incapaz de assumir por muito tempo esse papel inferior, e quando se chega ao vigésimo ano prefere-se, em geral, abandonar-se ao seu próprio destino opaco, o que já não é - e nunca foi - minha condição.
Procurarei mais tarde, daqui e dali, refazer-me por sentir que pouco a pouco me faltam razões para viver, incapaz como fiquei de enfrentar uma situação excepcional, como o amor, um ballet clássico qualquer muito dificilmente o conseguirá. É que eu doravante me pertenço, de corpo e alma, a uma necessidade prática imperativa, que é a dança e que não se permite ser aqui desconsiderada. Faltará amplidão a meu gosto, envergadura a minhas idéias. De tudo que me acontece e pode me acontecer, não hei de reter só o que for ligação deste evento com uma porção de eventos parecidos, nos quais não toma parte, eventos perdidos. Que digo aqui, farei minha avaliação em relação a esses acontecimentos, menos aflitiva que os outros, em suas conseqüências. E não pretendo descobrir aqui, sob pretexto algum, minha salvação.Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não me perdoares jamais.Só o que me exalta ainda é uma única palavra, liberdade. Eu a considero apropriada para manter, indefinidamente, o meu velho fanatismo humano. Atendendo, sem dúvida, à minha única aspiração legítima, a arte.
Sendo assim, pintarei aqui neste espaço a minha inquietação humana, e é por isso que tu deves levar isto a sério.
Beijos, flores e saudades.